segunda-feira, 28 de setembro de 2020

19. Tema: Nordeste do Brasil

 Olá!

Este é o blog Arte Movimento dos professores de arte e educação física da Escola de Aplicação da EAFEUSP. O intuito deste espaço é propor atividades para serem feitas pelos nossos estudantes do Fundamental I durante o período de atenção e cuidados devido ao coronavírus.

Toda semana, iremos postar algumas atividades novas. A partir do seu interesse, escolha semanalmente uma das atividade para realizar. Quando possível, os trabalhos realizados podem ser enviados para o e-mail artemovimentoea@gmail.com para serem expostos neste blog (sempre com nome e série). 

Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!

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Olá crianças! Como estão? Esperamos que todos estejam bem! 😀

Já estamos no 19º tema do nosso blog nesta quarentena! É muito legal receber os retornos do vocês no e-mail! Em breve postaremos os últimos que vocês têm mandado!

Nesta semana vamos a mais uma viagem pelo nosso enorme Brasil! 

Agora é a vez de conhecermos um pouquinho mais da rica cultura do Nordeste! O Nordeste é a região do Brasil que mais tem Estados, são 9 no total: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

Acho que todo mundo quando pensa no Nordeste lembra de muito sol e lindas praias, não é? E as comidas, e as músicas..! Você conhece alguma cidade nordestina? Conhece alguém que veio de lá para morar aqui em São Paulo? 

Vamos para nossas propostas de atividades pra você aprender um pouco mais e se divertir!


PROPOSTA 1: Ciranda pernambucana

Vocês sabiam que existe uma dança cujos movimentos são inspirados no balanço das ondas do mar? Sim!!! É uma dança que foi criada há muito tempo, em Pernambuco, seu nome é Ciranda Pernambucana!

Antes de sabermos mais sobre essa dança, vamos conversar um pouquinho sobre o mar... Você já viu o mar? Conhece o som e o movimento das ondas?

O vídeo abaixo nos mostra um pouquinho dessa imensidão de água que é o mar:


Agora eu convido você a criar, com o seu corpo, movimentos que sejam parecidos com os das ondas que você viu. Se quiser, coloque o vídeo novamente e aproveite o som das ondas como inspiração.

Agora, vamos conhecer a ciranda pernambucana?

Essa dança é feita em roda e reúne pessoas de todas as idades. Ela costumava ser dançada na beira da praia por quem aguardava o retorno dos pescadores que tinham ido para o mar.

Vamos aprender os passos da ciranda? No vídeo abaixo, você será convidado a participar de uma aula de ciranda pernambucana: 

Um lugar muito conhecido por suas cirandas é a Ilha de Itamaracá. Lá mora uma mestra cirandeira chamada Lia de Itamaracá, que é dançarina, compositora e cantora de ciranda.

Na animação abaixo você poderá ouvir algumas cirandas cantadas pela mestra Lia, conhecer os instrumentos musicais que compõe esse ritmo e dançar um pouco mais. 


Bora cirandar! Faça seu registro e mande pra gente!


PROPOSTA 2: Cordel

Você já ouviu falar em alguma história ou tradição nordestina? Ouviu falar, por exemplo, do cordel?

O cordel é uma maneira de contar histórias, uma expressão popular que conta as histórias em poemas, com versos e rimas. São impressos e pendurados em cordas — os cordéis —, trazendo temas regionais, personagens locais, lendas nordestinas folclóricas e temas sociais.

Vamos assistir uma reportagem sobre um grande artista que trabalha com cordel? 


Veja quatro exemplos de cordéis declamados a seguir (clica nas imagens para abrir!):

 

 

Atividade de Cordel A: você é o contador de histórias

Agora que você já ouviu todas essas histórias, você pode escolher uma delas e contar com suas próprias palavras ou contar uma boa história que você ouve na sua família. Grave um vídeo contando essa história para os seus familiares e mande pra gente!

Aqui vai uma dica: fique atento em como os contadores dos vídeos chamaram sua atenção. Eles rimaram? Eles cantaram alguma música? Eles fizeram diferentes vozes para cada personagem? Nada disso é obrigatório para sua história, mas podem funcionar muito bem para deixá-la mais interessante.

Atividade de Cordel B: monte o seu caderninho de cordel

Vamos escrever essa história em rimas? O cordel é feito em caderninhos pequenos. Então, para fazer essa atividade você precisa de: 2 folhas de papel sulfite, bandejinha de isopor, palito de dente, papel sulfite ou papel colorido, guache preto e rolinho.

  1. Separe papel sulfite, dobre-as na metade na horizontal e depois na vertical. Recorte nas dobras e você terá 4 pedaços. Se a sua história for maior precisa de mais folhas de papel sulfite, certo?
  2. Escreva a sua história em rimas colocando um verso embaixo do outro com letra bem bonita.
  3. Pegue uma bandejinha de isopor, recorte as abas dessa bandejinha e deixe do mesmo tamanho das folhas que você escreveu a história;
  4. Desenhe com um palito de dente a ilustração e o nome da história. Dica: não pode ser traço muito fininho e cuidado para não furar o isopor.
  5. Passe tinta preta no isopor com rolinho
  6. Faça a impressão em papel colorido.
  7. Monte o caderninho.

Bom trabalho!!


PROPOSTA 3: Mamulengo, João Redondo, Babau e Casimiro Coco 

Você já deve ter visto bonecos como estes dessa foto abaixo, não? Você pode dizer: “Claro que sim, são fantoches!” Mas esses daí não são quaisquer fantoches, são um tipo de fantoche específico, o Mamulengo, típico do nordeste brasileiro! O Mamulengo é a forma popular e tradicional do teatro de bonecos no Brasil. É um brinquedo popular, é diversão e uma forma de expressão. São bonecos de escultura bem simples que ganham voz, vida e movimento nas mãos de artistas populares.

O teatro como forma de comunicação humana e de contação de histórias existe a bastaaante tempo! Sobre o teatro do mamulengo não temos uma história muito exata sobre sua origem, há várias versões. Mas a memória popular, que vem de mestres e mestras da oralidade, dizem que o nascimento do mamulengo foi aqui no Brasil, com os povo negro trazido da África. Escravizados, eles se reinventaram para contar histórias de libertação, a partir de bonecos esculpidos em madeira. Era a dor transformada em alegria! Aos longo dos séculos, ele se misturou com as culturas indígenas e a comédia européia. Suas apresentações eram em praça pública, em geral durante os festejos religiosos.

De qualquer forma, sabemos que essa brincadeira (como é chamada) se desenvolveu no interior do Nordeste e é transmitido oralmente de geração em geração, de mestre para aprendiz há muitos anos! De lá, aos poucos migrou para grandes centros e outras regiões, como o Distrito Federal, que fica na região Centro Oeste, mas que recebeu muitos nordestinos na construção de nossa capital, Brasília e, com eles, o mamulengo. 

O mamulengo usa a técnica do boneco de luva (que a pessoa veste como se fosse mesmo uma luva) ou vara (paus de madeira). O corpo (sem as pernas) é feito de pano, geralmente bem colorido; a cabeça e mãos são esculpidos em madeira, mas podem ser feitas com diversos outros tipos de materiais simples, como papel machê. 

A brincadeira é iniciada com a montagem da "empanada", uma espécie de barraca de pano onde ficam os bonecos. Em seguida, os brincantes se colocam na parte de trás e o espetáculo tem início com os bonecos em cena.

O teatro do mamulengo retrata situações cotidianas do povo, que conta suas próprias histórias e suas memórias. Todos os personagens do imaginário popular têm espaço reservado, fortalecendo a identidade do povo do Nordeste. As histórias do mamulengo contam sempre situações divertidas e engraçadas. Em geral, tudo acontece “ao contrário” (o padre é pecador, o soldado apanha, o bêbado é esperto, etc), criando muitas aventuras. Além da história, a peça contém elementos surpresas, muitas vezes a partir da interação com o público, o que deixa a história mais legal ainda!

Olha este vídeo que conta de jeito bem legal sobre o teatro de mamulengo!


Sabia que em Olinda (Pernambuco) tem o Museu do Mamulengo, com mais de 1,5 mil bonecos!? Em 2015, o mamulengo foi reconhecido oficialmente como patrimônio cultural imaterial brasileiro, sendo batizado como Teatro de Bonecos Popular do Nordeste. Ele é um patrimônio pois é algo muito importante para a cultura brasileira e todos nós devemos cuidar e preservar. 

E a ideia agora é que você construa seu próprio boneco de mamulengo! Na internet mostra vários jeitos de se fazer, você pode dar uma pesquisada e achar um jeito que seja mais fácil pra você fazer em casa. Aqui separamos um vídeo que mostra o boneco feito a partir de um cabo de vassoura e papel, olha só: 

 

Tire fotos da sua construção e mande pra gente! E que tal contar uma história? Mais legal ainda hein! Você pode aproveitar as ideias da proposta do Cordel, que tem tudo a ver com o mamulengo também. Gesticule, faça uma voz engraçada e mande pra gente!


Boas criações e divirtam-se!

terça-feira, 22 de setembro de 2020

18. Tema: Cultura Indígena

Olá!

Este é o blog Arte Movimento dos professores de arte e educação física da Escola de Aplicação da EAFEUSP. O intuito deste espaço é propor atividades para serem feitas pelos nossos estudantes do Fundamental I durante o período de atenção e cuidados devido ao coronavírus.

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Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!

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Olá, crianças! 😊

Nosso tema desta semana é a Cultura Indígena. O que será que você já conhece dos indígenas do nosso país? Nas atividades da semana passada, sobre a região Norte, já tivemos algumas atividades sobre algumas de nossas diversas etnias indígenas, já que muitas delas vivem lá. Mas há também indígenas por todas as regiões do Brasil! Vamos conhecer um pouquinho mais, então, sobre eles!


PROPOSTA 1: Palavras indígenas

Você sabia que a palavra Butantã, o nome do bairro onde se localiza a EA, tem origem indígena? Na tradução do tupi-guarani, uma das línguas indígenas brasileiras, Butantã significa “terra muito dura”. Várias outras palavras que usamos cotidianamente também vieram de línguas indígenas, como podemos ouvir na canção abaixo:



Anote as palavras de origem indígena que você conhecia da música. Será que você lembra de outras para acrescentar nessa lista? 

Você pode pesquisar neste site do Dicionário Ilustrado do Tupi-Guarani para ver se reconhece mais alguma. (Clica na figura abaixo!)


Nossa proposta de atividade é que você faça um desenho representando cada uma dessas palavras! Podem ser todos juntos ou cada um numa folha. Capriche e mande pra gente!


PROPOSTA 2: Jogo da onça

O jogo da onça é um jogo de estratégia conhecido em várias partes do mundo, mudando apenas os animais representados. Segundo alguns historiadores esse jogo já era conhecido pelos índios brasileiros antes da chegada de Cabral ao Brasil. Ele é conhecido pelos Bororos (são uma etnia indígena que habita o estado do Mato Grosso, no Brasil) como adugo e pelos Guaranis (a maior etnia indígena em termos de população que vive no Brasil atualmente) como jaguá ixive.

Vamos aprender o jogo? 


Materiais utilizados: o tabuleiro do jogo pode ser feito com papelão ou papel. Use caneta e régua para fazer o desenho do tabuleiro. Pedrinhas, botões ou tampinhas serão a onça e cachorros. Dica: pinte a onça com uma cor diferente.

Número de participantes: 2 jogadores

Objetivos: encurralar a onça (para os cachorros); atacar 5 cachorros (para a onça)

O jogo da onça é uma brincadeira muito interessante para estimular nosso senso de estratégia. O tabuleiro pode ser comprado, mas também confeccionado ou desenhado no chão. O formato do tabuleiro é um quadrado divididos em 16 partes iguais e um triângulo ligado a ele. 

Utilizam-se 14 pedrinhas iguais e uma diferente (que será a onça). Os catorze representam os cachorros e a pedrinha diferente é a onça. Os cachorros tem como objetivo encurralar a onça, antes que ela ataque (isso acontece quando a onça não tem mais movimentos possíveis). Se 5 cachorros forem pegos pela onça, ela vence o jogo. A onça come um cachorro pulando sobre ele (como no jogo de dama).

Veja este vídeo com um exemplo prático do jogo: 


Como foi jogá-lo? Comente como foi realizar o jogo, pode ser em desenho, texto ou um pequeno vídeo (de até 30 segundos) e mande pra gente. 

Pratique e divirta-se! 


PROPOSTA 3: Araruna, canta!

Você gosta de cantar? Você já cantou alguma música indígena?

Nesta proposta, a ideia é que vocês aprendam a cantar um pedacinho de uma música indígena muito linda!!! O nome dela é Araruna, uma música dos índios Parakanã do Pará. Os Parakanãs são um grupo indígena Tupi-guarani que habitam entre os rios brasileiros do Tocantins e do Xingu, no estado do Pará, dentro das Terras Indígenas Apyterewa e Parakanã. (Se quiser saber um pouquinho mais sobre esse povo, veja este vídeo!)

Araruna (ou araraúna) é uma arara grande azul que vive em várias florestas da América do Sul, principalmente na amazônia, no cerrado e no pantanal. Quem já assistiu o filme RIO, conhece essa ave, seus personagens principais eram ararunas. É uma espécie que está ameaçada de extinção por ter poucos filhotes, porque algumas pessoas as capturam, mesmo sendo proibido, para vender e porque seu habitat natural está sendo destruído. Triste, não é mesmo?  

Olha elas que lindas nesta foto! Clicando na foto você vê um vídeo delas. 


Os Parakanã são falantes do Akwáwa (aquáua), uma língua da família linguística tupi-guarani, então a música que vamos aprender está neste língua. Essa música foi recolhida por Marluí Miranda, uma cearense, grande estudiosa das culturas indígenas do Brasil. Quando falamos que ela recolheu essa música, quer dizer que ela esteve junto com índios Parakanã e os gravou cantando vários de seus cantos. Depois disso ela mesma aprendeu as músicas dos Parakanãs e de outros povos indígenas e gravou um CD. Clica na imagem do CD abaixo pra ouvir a versão dela pra música!

Gostou? Agora, vamos ouvir uma interpretação da professora Lucymara de um arranjo para piano e voz, preparada especialmente pra vocês! Veja o vídeo a seguir.


Agora que vocês já ouviram e sabem algumas coisas sobre a música Araruna, podemos conhecer sua letra, a tradução, ouvi-la e então aprender um pedaço dela!  Veja a letra (desta vez vamos aprender a cantar somente as partes em azul):

ARARUNA 
Cantiga dos Índios Parakanã do Pará 
(Recolhida, adaptada e arranjada por Marlui Miranda)


E aí ela segue assim:

Olha a tradução para o português: 


Assista ao vídeo abaixo para aprender como pronunciar (falar) as palavras. Depois que aprender tente cantar junto com a gravação da professora Lucymara. 

Agora a ideia é que você canta esse trecho que aprendeu de Araruna! Será que você consegue? Grave um vídeo cantando a música, vamos adorar recebê-lo!! Se você também quiser, faça também um lindo desenho sobre essa música e envie-nos para postarmos no nosso mural! 

Boa cantoria!!


PROPOSTA 4: Conhecendo os Yanomamis

A Claudia Andujar não é brasileira. Mas seu trabalho fotográfico é um dos registros mais importantes de tribos indígenas no Brasil. Durante os anos 70, ela viveu durante cinco anos em comunidades Yanomamis, na região norte, fotografando o cotidiano de uma das maiores etnias do país. 

Observe algumas de suas fotografias abaixo:

Foto1: 

Foto 2:

Foto 3:

Foto 4:

Foto 5:

Foto 6:

Foto 7:

Foto 8:

Foto 9:


Bonitas as fotos, não? Agora, escolha uma das fotos para observar mais de perto e responda às pergunta:
  • O que você vê? Descreva a imagem com o máximo de detalhes que puder
  • O que você sente? Quais sensações e sentimentos você tem quando olha a foto
Mande pra gente o que você achou, pode ser em texto, em áudio ou em vídeo (não esquece de dizer qual foto escolheu).


Esperamos que se divirtam e estejam bem!

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

17. Tema: Norte do Brasil

 Olá!

Este é o blog Arte Movimento dos professores de arte e educação física da Escola de Aplicação da EAFEUSP. O intuito deste espaço é propor atividades para serem feitas pelos nossos estudantes do Fundamental I durante o período de atenção e cuidados devido ao coronavírus.

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Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!

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Olá queridas crianças!! 😀

Esta semana voltamos ao tema das regiões do Brasil. Desta vez viajamos para a região NORTE do Brasil! A região norte fica lááá em “cima”, olhando pelo mapa do Brasil, e é a maior região de todas! 


Os Estados que fazem parte da região Norte são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Lá as temperaturas são quase sempre bem altas e chove bastante também. Lá está o maior e mais famoso rio do Brasil, o Rio Amazonas, e nossa maior preciosidade, a floresta Amazônica.
PROPOSTA 1: Grafismos do povo asurini

Dentre toda a riqueza natural e cultural, essa região é onde há a maior concentração de etnias indígenas brasileiras. O povo asurini é um desses povos que vive no Xingu e hoje conta com apenas 182 indivíduos.


Como vocês sabem, os povos indígenas tem uma vasta tradição cultural. Para o povo asurini, a arte gráfica é uma importante forma de preservação de sua cultura. 

Os desenhos geométricos, chamados de grafismo, são utilizados na decoração do corpo, da cerâmica, das cabaças e outros itens da cultura material asurini como você pode ver na imagem abaixo.




Agora que você aprendeu um pouco mais sobre o grafismo indígena, que tal criar os seus próprios desenhos geométricos padronizados? 

Boas experimentações!


PROPOSTA 2: Assobie como um Uirapuru

Você sabia que o sabiá sabia assobiar? Acho que sim né! 😄
Mas agora vamos falar do canto de um outro pássaro bem famoso e que mora lá na região Norte: o uirapuru

São oito tipos de uirapurus, que têm em comum o tamanho pequeno, a rapidez de movimentos e a beleza do canto! Eles são diferentes nas cores das penas e no canto, mas todos cantam lindamente. Se a gente juntasse todos os tipos de uirapurus daria pra formar uma orquestra! 

Para nossa atividade, vamos falar de um dos tipos, do uirapuru que é uma verdadeira lenda e que é exclusivo da floresta Amazônica! É o uirapuru-verdadeiro. Ele mede em torno de 12 cm e é meio marrom e avermelhado. Olha ele aí:


O que tem de mais especial no uirapuru-verdadeiro é que, de todos os uirapurus, o que tem o canto mais melodioso. (Obs: Você sabe o que é melodia na música? Se quiser saber um pouco mais, veja este vídeo!) O som do uirapuru é semelhante ao de uma flauta, por isso, o uriapuru-verdadeiro também é chamado de músico

Por causa de seu canto, o uirapuru faz parte de diversas lendas na região. Uma delas conta que todos os pássaros da floresta ficam em silêncio para ouvir o uirapuru. É um momento raro: ele canta em cerca de quinze dias por ano, na época de preparação do ninho, ao nascer do sol e ao entardecer, durante apenas 10 a 15 minutos. A espécie costuma cantar na época de acasalamento, que é entre meados de setembro a outubro (na época em que estamos agora!).

É tão difícil ouvir o canto do uirapuru que há lendas também em torno disso. As pessoas acreditam que ouvir seu canto traz boa sorte e, ao escutá-lo, fazem pedidos que, segundo a crença popular, são sempre atendidos. Outra lenda também fala que a pessoa que tiver a sorte de ouvir o canto do Uirapuru terá muito amor e felicidade.

Olha este vídeo que conta uma das lendas do uirapuru! O vídeo também traz uma música do famoso compositor Waldemar Henrique (que nasceu em Belém do Pará em 1905 e faleceu em 1995) sobre o passarinho (aqui interpretada por outros dois músicos). 



Por ser muito lendário é muito lembrado em diversas outras músicas também. Nosso famoso maestro Villa Lobos fez uma música como nome dele! Outra música é a da banda Guerreiros Mura, do Amazonas, que participou de uma das grandes festas populares da região. (Se quiser ouvi-la, clica aqui!) O uirapuru também está um muitos livros e gibis, olha só!




Agora vamos ao principal: escutar o famoso canto do uirapuru! Ouça nesses dois vídeos.




Curtiu o som dele? Nossa atividade será bem simples, mas requer muita atenção e concentração! Assobie a melodia do uirapuru! Será que você consegue? 

Grave você assobiando e mande pra gente!


PROPOSTA 3: As maracas do Carimbó

 

Já ouviu falar no Carimbó? O Carimbó é uma manifestação típica do Estado do Pará, considerado um gênero musical de origem indígena com influências da cultura negra e portuguesa. Entre as características do carimbó podemos destacar: as roupas, a dança e o tipo de toque dos tambores. Para dançar, as mulheres usam bastante acessórios nos pulsos e pescoços, e a cabeça enfeitada por flores.

Se quiser saber mais, dá uma olhada nessa reportagem (clica aqui)!

Dentre os instrumentos musicais usados para se tocar o Carimbó estão: os dois curimbós (que são os tambores), as maracas, a flauta e o banjo. Olha que mistura legal!


E a nossa proposta de atividade é você construa um desses instrumentos: as maracas! Esta foto acima é de maracas tradicionais, que tem origem indígena. Mas você pode fazer a sua com materiais que você tem em casa. Olha só!

Materiais: garrafa pet (se tiver daquelas pequenininhas é melhor), miçangas (também pode usar sementes ou arroz, feijão, milho ou pedrinhas pequenas), um pedaço de cabo de vassoura (peça para um adulto cortar para você!), lixa de madeira, materiais de decoração (fitas coloridas, cola, tesoura, etc) e um cone (que pode ser de papel, pra te ajudar a colocar as miçangas).

Passo 1: reúna o material que será usado.
Passo 2: com um cone, coloque as miçangas até cobrir o fundo na garrafinha.
Passo 3: lixe o cabo de vassoura para evitar ferir a mão.


Passo 4: encaixe o cabo de vassoura na garrafinha.
Passo 5: com a fita isolante, fixe o cabo na garrafa.
Passo 6: enfeite a maraca com fitas coloridas ou como você quiser. Quanto mais colorido, mais legal!

Prontinho, agora é só tocar seu instrumento!


Tire fotos de você fazendo sua maraca e dela lindona no final. Se quiser, grave um vídeo de você tocando ela e mande pra gente! Será que você consegue tocar no ritmo do Carimbó?


PROPOSTA 4: A luta Huka Huka

Assim como os europeus, que no final do século XIX criaram os jogos olímpicos buscando propagar o lema “citius, altius, fortius” (o mais rápido, o mais alto e mais forte), os povos indígenas do alto Xingu, criaram na década de 1990, os jogos dos povos indígenas. Porém, com o lema: “O importante não é ganhar, nem competir, mas celebrar”.
 
Vamos celebrar com os povos indígenas do Brasil?  
Você conhece a luta Huka Huka?

Originária do povo Kamayurá, encontrada ao Norte do Mato Grosso e Sul do Pará, a luta Huka Huka faz parte de uma das maiores tradições dessa etnia: o Kuarup. 

Nas últimas décadas também tem se espalhado por outras aldeias e etnias entre meninas, meninos, mulheres e homens, com o objetivo de também ser praticada nos Jogos dos Povos Indígenas.

E aí? Vamos conhecer um pouco mais sobre a luta Huka Huka?





Pratique um pouco da luta na sua casa nesta versão adaptada, com algum familiar, primos, irmãos...! Lembre-se que é uma luta, um esporte e não uma briga, então respeite sempre os adversários. (Ah, e não esqueça de avisar seus pais disso! 😆) Registre o jogo e mande pra gente!


Divirtam-se e fiquem bem!!

terça-feira, 8 de setembro de 2020

16. Tema: Animais

 Olá!

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Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!

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Olá, crianças! 🐵🐶🐷🐸🐮🐼🐳

Nessa semana o nosso tema é ANIMAIS! São tantos nesse mundão... você já parou para pensar em quantos animais conhecemos? 

Os animais domésticos são aqueles que podem morar com a gente e nos fazer companhia, como o gato, o cachorro, o peixe... Você tem algum em casa? Já os animais selvagens são aqueles que precisam ficar na natureza para viver bem e felizes! Eles moram nas florestas, mares, rios... livres! 

O animais são fonte de inspiração de muitas histórias e brincadeiras. Nesta semana temos várias propostas, olha só!

PROPOSTA 1: Animais do Brasil

Você sabe quais são os animais que moram aqui no Brasil? Aqui estão alguns deles:


Todos esses animais são incríveis! Eles vivem nas florestas e rios brasileiros e, reza a lenda, um deles foi o responsável por sumir com a noite da Terra por tempos!!! Você conhece a história “As serpentes que roubaram a noite”, do autor Daniel Munduruku? 

Veja nesse vídeo:


O que você acha de brincar criando seus próprios animais do Brasil? Você pode se inspirar na história que a Aliã Wamiri contou no vídeo e fazer uma Surucucu bem legal ou escolher qualquer outro animal que a gente viu no começo do texto e criar usando material de casa! É bem fácil, você pode seguir algumas dicas que vou deixar aqui ou, se preferir, fazer do seu jeito usando toda a criatividade!

Algumas ideias de Surucucus com rolinho de papel higiênico:

Surucucu 1: Você vai precisar de um rolinho de papel, tesoura e tinta. 
1 – Escolha a cor da sua cobra e pinte todo o rolinho (você pode pintar por dentro também, se quiser). Depois de pintar deixe secar.
2 – Usando uma tesoura daquelas de ponta arredondada corte o rolo fazendo uma tira bem comprida, começando em uma ponta do rolo até a outra ponta (veja na imagem).
3 – Depois você pode usar canetinha, lápis ou tinta para decorar sua cobra como quiser (use a criatividade!)
4 – No fim, você pode fazer olhos e língua de papel para colar na cabeça da cobra!

Surucucu 2: Você vai precisar de vários rolinhos de papel (quantos quiser), tinta, barbante e tesoura.
1 – Pinte os rolinhos da cor que você escolheu para sua cobra. Espere secar.
2 – Depois de seco, peça ajuda de um adulto para furar os rolinhos que serão o corpinho da cobra. 
3 – Use o barbante para juntar um rolinho no outro. No último rolinho desenhe a carinha da cobra. Se tiver um barbante ou qualquer fiozinho vermelho, você pode usar como língua!

Você pode tentar fazer também uma Arara-Vermelha ou um Lobo-Guará usando rolinhos:

Você gosta de fazer origami? Uma opção caso não tenho rolinho em casa pode ser fazer esses origamis de Onça pintada ou Boto-cor-de-rosa:

boto+dobradura.jpg] | Personagem do folclore, Projeto folclore, Folclore
CANTINHO DA PROFª FÁTIMA: Agosto 2011

Para te ajudar a entender como fazer a dobradura do Boto segue a legenda das setas e linhas que aparecem:
Oficina do Origami: Simbolos do Diagrama

Pode soltar a imaginação, fazer seu animal do Brasil da sua maneira e, se quiser, mandar uma foto pra gente postar aqui no blog!!!


PROPOSTA 2: Pinturas rupestres

Vocês já viram as pinturas rupestres realizadas no período pré-histórico (a pintura mais antiga localizada no mundo foi encontrada na Indonésia e data de 44 mil anos atrás), realizadas em cavernas?
Os homens e mulheres pré-históricos representavam a natureza e seu cotidiano, principalmente animais de grande porte como bisões, cavalos e cervos que eram caçados por nossos antepassados.

Veja as representações de algumas das pinturas rupestres abaixo.

Veja aqui este vídeo sobre pinturas rupestres no nosso país.

Que tal vocês representarem os animais do seu cotidiano, ou algum animal que você viu e gostou, como faziam os homens e mulheres das cavernas? Use seus dedos ou gravetos. Vocês podem usar como tinta/pigmento para criar seus desenhos, carvão, argila, páprica, cúrcuma e urucum. Traga seus pais para a brincadeira!
 

Eu fiz meu cachorro Nico em casa com urucum, usando o dedo. Uma ideia para vocês se inspirarem.


PROPOSTA 3: Os mosaicos de Gaudí

O espanhol Antonio Gaudí era um arquiteto que projetava suas obras baseado nos formatos da natureza. Muitas de suas criações são animais. Será que você já viu algum deles?



Crie um animal no estilo Gaudí! Você pode escolher algum animal que você goste bastante e pode desenhá-lo bem grande numa folha. Depois, pegue revistas, jornais ou algum outro tipo de papel colorido e recorte quadradinhos variados. Você colará os quadradinhos sobre o desenho, formando um mosaico. E está pronto!


PROPOSTA 4:  Saltimbancos - animais cantores


Você conhece uma peça de teatro musical chamada Saltimbancos? Ela tem origem italiana, mas quem fez a adaptação e a tradução aqui no Brasil foi o cantor e compositor Chico Buarque. A história conta sobre quatro animais: o burro, o cachorro, a galinha e a gata. Eles se cansam de serem explorados por seus donos e decidem fugir juntos para tentar a vida como artistas musicais. 

Aqui abaixo é a capa do CD, olha só! Clica nele para escutar a peça completa no You Tube!

A verdadeira história dos Saltimbancos | by Gabriela Tambellini | Medium


Escolha a música que você mais gostar, escreva a letra e faça um vídeo cantando você mesmo!


PROPOSTA 5: Yoga inspirada nos animais

Vocês sabiam que os animais e suas formas de se movimentar já influenciaram várias práticas corporais?

Na yoga, as posturas, chamadas de asanas, foram trabalhadas e elaboradas através de milhares de anos. A yoga não é só as posturas praticadas, mas também, uma filosofia de vida. Seu nome significa união, pois une, corpo, mente e alma. Muitos dos asanas (posturas) foram inspirados nos animais. 

Dizem que os primeiros praticantes de yoga tinham a natureza como principal fonte de inspiração. Eles criaram algumas posições do corpo e movimentos a partir da observação do comportamento dos bichos. Assim, aprender com os animais, permitiu a essas pessoas enxergarem a diversidade de espécies e suas diferentes maneiras de se relacionar com o mundo. Mesmo sendo bastante antiga, a yoga ainda é praticada por muitas pessoas.

Proponho que vocês sigam a sequência dos asanas na casa de vocês, pois para praticar yoga é necessário fluidez do corpo! Vamos lá? (Sugiro que façam com um adulto junto.)

Então, eu convido vocês a se desafiarem a partir das imagens abaixo:

Aqui temos outras sequências de asanas:

 

Importante! 
Experimentem fazer a posição da imagem com o corpo de vocês sem forçar. A yoga nos dá a oportunidade de conhecer e respeitar os limites do nosso corpo.

Ao experimentar cada posição, tente permanecer nela por alguns segundos prestando atenção no que muda no seu corpo: Alguma parte estica? Alguma parte fica mais pesada? Fica mais desafiador manter o equilíbrio? O que mais acontece?

Também é possível experimentar outras posições e movimentos inspirados em animais acompanhados por um vídeo:

Tire uma foto de você em algumas dessas posições e mande pra gente! Boa brincadeira!

Cuidem-se e divirtam-se!