Olá!
Este é o blog Arte Movimento dos professores de arte e educação física da Escola de Aplicação da EAFEUSP. O intuito deste espaço é propor atividades para serem feitas pelos nossos estudantes do Fundamental I durante o período de atenção e cuidados devido ao coronavírus.
Toda semana, iremos postar algumas atividades novas. A partir do seu interesse, escolha semanalmente uma das atividade para realizar. Quando possível, os trabalhos realizados podem ser enviados para o e-mail artemovimentoea@gmail.com para serem expostos neste blog (sempre com nome e série).
Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!
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Olá crianças! Como estão? Esperamos que todos estejam bem! 😀
Já estamos no 19º tema do nosso blog nesta quarentena! É muito legal receber os retornos do vocês no e-mail! Em breve postaremos os últimos que vocês têm mandado!
Nesta semana vamos a mais uma viagem pelo nosso enorme Brasil!
Agora é a vez de conhecermos um pouquinho mais da rica cultura do Nordeste! O Nordeste é a região do Brasil que mais tem Estados, são 9 no total: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Acho que todo mundo quando pensa no Nordeste lembra de muito sol e lindas praias, não é? E as comidas, e as músicas..! Você conhece alguma cidade nordestina? Conhece alguém que veio de lá para morar aqui em São Paulo?
Vamos para nossas propostas de atividades pra você aprender um pouco mais e se divertir!
PROPOSTA 1: Ciranda pernambucana
Vocês sabiam que existe uma dança cujos movimentos são inspirados no balanço das ondas do mar? Sim!!! É uma dança que foi criada há muito tempo, em Pernambuco, seu nome é Ciranda Pernambucana!
Antes de sabermos mais sobre essa dança, vamos conversar um pouquinho sobre o mar... Você já viu o mar? Conhece o som e o movimento das ondas?
O vídeo abaixo nos mostra um pouquinho dessa imensidão de água que é o mar:
Agora eu convido você a criar, com o seu corpo, movimentos que sejam parecidos com os das ondas que você viu. Se quiser, coloque o vídeo novamente e aproveite o som das ondas como inspiração.
Agora, vamos conhecer a ciranda pernambucana?
Essa dança é feita em roda e reúne pessoas de todas as idades. Ela costumava ser dançada na beira da praia por quem aguardava o retorno dos pescadores que tinham ido para o mar.
Vamos aprender os passos da ciranda? No vídeo abaixo, você será convidado a participar de uma aula de ciranda pernambucana:
Um lugar muito conhecido por suas cirandas é a Ilha de Itamaracá. Lá mora uma mestra cirandeira chamada Lia de Itamaracá, que é dançarina, compositora e cantora de ciranda.
Na animação abaixo você poderá ouvir algumas cirandas cantadas pela mestra Lia, conhecer os instrumentos musicais que compõe esse ritmo e dançar um pouco mais.
Bora cirandar! Faça seu registro e mande pra gente!
PROPOSTA 2: Cordel
Você já ouviu falar em alguma história ou tradição nordestina? Ouviu falar, por exemplo, do cordel?
O cordel é uma maneira de contar histórias, uma expressão popular que conta as histórias em poemas, com versos e rimas. São impressos e pendurados em cordas — os cordéis —, trazendo temas regionais, personagens locais, lendas nordestinas folclóricas e temas sociais.
Vamos assistir uma reportagem sobre um grande artista que trabalha com cordel?
Veja quatro exemplos de cordéis declamados a seguir (clica nas imagens para abrir!):
Atividade de Cordel A: você é o contador de histórias
Agora que você já ouviu todas essas histórias, você pode escolher uma delas e contar com suas próprias palavras ou contar uma boa história que você ouve na sua família. Grave um vídeo contando essa história para os seus familiares e mande pra gente!
Aqui vai uma dica: fique atento em como os contadores dos vídeos chamaram sua atenção. Eles rimaram? Eles cantaram alguma música? Eles fizeram diferentes vozes para cada personagem? Nada disso é obrigatório para sua história, mas podem funcionar muito bem para deixá-la mais interessante.
Atividade de Cordel B: monte o seu caderninho de cordel
Vamos escrever essa história em rimas? O cordel é feito em caderninhos pequenos. Então, para fazer essa atividade você precisa de: 2 folhas de papel sulfite, bandejinha de isopor, palito de dente, papel sulfite ou papel colorido, guache preto e rolinho.
- Separe papel sulfite, dobre-as na metade na horizontal e depois na vertical. Recorte nas dobras e você terá 4 pedaços. Se a sua história for maior precisa de mais folhas de papel sulfite, certo?
- Escreva a sua história em rimas colocando um verso embaixo do outro com letra bem bonita.
- Pegue uma bandejinha de isopor, recorte as abas dessa bandejinha e deixe do mesmo tamanho das folhas que você escreveu a história;
- Desenhe com um palito de dente a ilustração e o nome da história. Dica: não pode ser traço muito fininho e cuidado para não furar o isopor.
- Passe tinta preta no isopor com rolinho
- Faça a impressão em papel colorido.
- Monte o caderninho.
Bom trabalho!!
PROPOSTA 3: Mamulengo, João Redondo, Babau e Casimiro Coco
Você já deve ter visto bonecos como estes dessa foto abaixo, não? Você pode dizer: “Claro que sim, são fantoches!” Mas esses daí não são quaisquer fantoches, são um tipo de fantoche específico, o Mamulengo, típico do nordeste brasileiro! O Mamulengo é a forma popular e tradicional do teatro de bonecos no Brasil. É um brinquedo popular, é diversão e uma forma de expressão. São bonecos de escultura bem simples que ganham voz, vida e movimento nas mãos de artistas populares.
O teatro como forma de comunicação humana e de contação de histórias existe a bastaaante tempo! Sobre o teatro do mamulengo não temos uma história muito exata sobre sua origem, há várias versões. Mas a memória popular, que vem de mestres e mestras da oralidade, dizem que o nascimento do mamulengo foi aqui no Brasil, com os povo negro trazido da África. Escravizados, eles se reinventaram para contar histórias de libertação, a partir de bonecos esculpidos em madeira. Era a dor transformada em alegria! Aos longo dos séculos, ele se misturou com as culturas indígenas e a comédia européia. Suas apresentações eram em praça pública, em geral durante os festejos religiosos.
De qualquer forma, sabemos que essa brincadeira (como é chamada) se desenvolveu no interior do Nordeste e é transmitido oralmente de geração em geração, de mestre para aprendiz há muitos anos! De lá, aos poucos migrou para grandes centros e outras regiões, como o Distrito Federal, que fica na região Centro Oeste, mas que recebeu muitos nordestinos na construção de nossa capital, Brasília e, com eles, o mamulengo.