Este é o blog Arte Movimento dos professores de arte e educação física da Escola de Aplicação da EAFEUSP. O intuito deste espaço é propor atividades para serem feitas pelos nossos estudantes do Fundamental I durante o período de atenção e cuidados devido ao coronavírus.
Toda semana, iremos postar algumas atividades novas. A partir do seu interesse, escolha semanalmente uma das atividade para realizar. Quando possível, os trabalhos realizados podem ser enviados para o e-mail artemovimentoea@gmail.com para serem expostos neste blog (sempre com nome e série).
Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!
Esta semana voltamos ao tema das regiões do Brasil. Desta vez viajamos para a região NORTE do Brasil! A região norte fica lááá em “cima”, olhando pelo mapa do Brasil, e é a maior região de todas!
Os Estados que fazem parte da região Norte são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Lá as temperaturas são quase sempre bem altas e chove bastante também. Lá está o maior e mais famoso rio do Brasil, o Rio Amazonas, e nossa maior preciosidade, a floresta Amazônica.
PROPOSTA 1: Grafismos do povo asurini
Dentre toda a riqueza natural e cultural, essa região é onde há a maior concentração de etnias indígenas brasileiras. O povo asurini é um desses povos que vive no Xingu e hoje conta com apenas 182 indivíduos.
Como vocês sabem, os povos indígenas tem uma vasta tradição cultural. Para o povo asurini, a arte gráfica é uma importante forma de preservação de sua cultura.
Os desenhos geométricos, chamados de grafismo, são utilizados na decoração do corpo, da cerâmica, das cabaças e outros itens da cultura material asurini como você pode ver na imagem abaixo.
Agora que você aprendeu um pouco mais sobre o grafismo indígena, que tal criar os seus próprios desenhos geométricos padronizados?
Boas experimentações!
PROPOSTA 2: Assobie como um Uirapuru
Você sabia que o sabiá sabia assobiar? Acho que sim né! 😄
Mas agora vamos falar do canto de um outro pássaro bem famoso e que mora lá na região Norte: o uirapuru!
São oito tipos de uirapurus, que têm em comum o tamanho pequeno, a rapidez de movimentos e a beleza do canto! Eles são diferentes nas cores das penas e no canto, mas todos cantam lindamente. Se a gente juntasse todos os tipos de uirapurus daria pra formar uma orquestra!
Para nossa atividade, vamos falar de um dos tipos, do uirapuru que é uma verdadeira lenda e que é exclusivo da floresta Amazônica! É o uirapuru-verdadeiro. Ele mede em torno de 12 cm e é meio marrom e avermelhado. Olha ele aí:
O que tem de mais especial no uirapuru-verdadeiro é que, de todos os uirapurus, o que tem o canto mais melodioso. (Obs: Você sabe o que é melodia na música? Se quiser saber um pouco mais, veja este vídeo!) O som do uirapuru é semelhante ao de uma flauta, por isso, o uriapuru-verdadeiro também é chamado de músico.
Por causa de seu canto, o uirapuru faz parte de diversas lendas na região. Uma delas conta que todos os pássaros da floresta ficam em silêncio para ouvir o uirapuru. É um momento raro: ele canta em cerca de quinze dias por ano, na época de preparação do ninho, ao nascer do sol e ao entardecer, durante apenas 10 a 15 minutos. A espécie costuma cantar na época de acasalamento, que é entre meados de setembro a outubro (na época em que estamos agora!).
É tão difícil ouvir o canto do uirapuru que há lendas também em torno disso. As pessoas acreditam que ouvir seu canto traz boa sorte e, ao escutá-lo, fazem pedidos que, segundo a crença popular, são sempre atendidos. Outra lenda também fala que a pessoa que tiver a sorte de ouvir o canto do Uirapuru terá muito amor e felicidade.
Olha este vídeo que conta uma das lendas do uirapuru! O vídeo também traz uma música do famoso compositor Waldemar Henrique (que nasceu em Belém do Pará em 1905 e faleceu em 1995) sobre o passarinho (aqui interpretada por outros dois músicos).
Por ser muito lendário é muito lembrado em diversas outras músicas também. Nosso famoso maestro Villa Lobos fez uma música como nome dele! Outra música é a da banda Guerreiros Mura, do Amazonas, que participou de uma das grandes festas populares da região. (Se quiser ouvi-la, clica aqui!) O uirapuru também está um muitos livros e gibis, olha só!
Agora vamos ao principal: escutar o famoso canto do uirapuru! Ouça nesses dois vídeos.
Curtiu o som dele? Nossa atividade será bem simples, mas requer muita atenção e concentração! Assobie a melodia do uirapuru! Será que você consegue?
Grave você assobiando e mande pra gente!
PROPOSTA 3: As maracas do Carimbó
Já ouviu falar no Carimbó? O Carimbó é uma manifestação típica do Estado do Pará, considerado um gênero musical de origem indígena com influências da cultura negra e portuguesa. Entre as características do carimbó podemos destacar: as roupas, a dança e o tipo de toque dos tambores. Para dançar, as mulheres usam bastante acessórios nos pulsos e pescoços, e a cabeça enfeitada por flores.
Se quiser saber mais, dá uma olhada nessa reportagem (clica aqui)!
Dentre os instrumentos musicais usados para se tocar o Carimbó estão: os dois curimbós (que são os tambores), as maracas, a flauta e o banjo. Olha que mistura legal!
E a nossa proposta de atividade é você construa um desses instrumentos: as maracas! Esta foto acima é de maracas tradicionais, que tem origem indígena. Mas você pode fazer a sua com materiais que você tem em casa. Olha só!
Materiais: garrafa pet (se tiver daquelas pequenininhas é melhor), miçangas (também pode usar sementes ou arroz, feijão, milho ou pedrinhas pequenas), um pedaço de cabo de vassoura (peça para um adulto cortar para você!), lixa de madeira, materiais de decoração (fitas coloridas, cola, tesoura, etc) e um cone (que pode ser de papel, pra te ajudar a colocar as miçangas).
Passo 1: reúna o material que será usado.
Passo 2: com um cone, coloque as miçangas até cobrir o fundo na garrafinha.
Passo 3: lixe o cabo de vassoura para evitar ferir a mão.
Passo 4: encaixe o cabo de vassoura na garrafinha.
Passo 5: com a fita isolante, fixe o cabo na garrafa.
Passo 6: enfeite a maraca com fitas coloridas ou como você quiser. Quanto mais colorido, mais legal!
Prontinho, agora é só tocar seu instrumento!
Tire fotos de você fazendo sua maraca e dela lindona no final. Se quiser, grave um vídeo de você tocando ela e mande pra gente! Será que você consegue tocar no ritmo do Carimbó?
PROPOSTA 4: A luta Huka Huka
Assim como os europeus, que no final do século XIX criaram os jogos olímpicos buscando propagar o lema “citius, altius, fortius” (o mais rápido, o mais alto e mais forte), os povos indígenas do alto Xingu, criaram na década de 1990, os jogos dos povos indígenas. Porém, com o lema: “O importante não é ganhar, nem competir, mas celebrar”.
Vamos celebrar com os povos indígenas do Brasil?
Você conhece a luta Huka Huka?
Originária do povo Kamayurá, encontrada ao Norte do Mato Grosso e Sul do Pará, a luta Huka Huka faz parte de uma das maiores tradições dessa etnia: o Kuarup.
Nas últimas décadas também tem se espalhado por outras aldeias e etnias entre meninas, meninos, mulheres e homens, com o objetivo de também ser praticada nos Jogos dos Povos Indígenas.
E aí? Vamos conhecer um pouco mais sobre a luta Huka Huka?
Pratique um pouco da luta na sua casa nesta versão adaptada, com algum familiar, primos, irmãos...! Lembre-se que é uma luta, um esporte e não uma briga, então respeite sempre os adversários. (Ah, e não esqueça de avisar seus pais disso! 😆) Registre o jogo e mande pra gente!
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