Olá!
Este é o blog Arte Movimento dos professores de arte e educação física da Escola de Aplicação da EAFEUSP. O intuito deste espaço é propor atividades para serem feitas pelos nossos estudantes do Fundamental I durante o período de atenção e cuidados devido ao coronavírus.
Toda semana, iremos postar algumas atividades novas. A partir do seu interesse, escolha semanalmente uma das atividade para realizar. Quando possível, os trabalhos realizados podem ser enviados para o e-mail artemovimentoea@gmail.com para serem expostos neste blog (sempre com nome e série).
Um abraço dos professores de educação física, de arte e dos bolsistas! Cuidem-se!
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Olá meninas e meninos!! 😀
O tema desta semana é a região Sudeste do nosso país, ou seja, a região onde nós estamos! (Até o final do ano passaremos por todas as regiões!)
Proposta 1: A cultura do Sudeste e as brincadeiras
Muito antigamente não haviam tantos brinquedos como temos hoje. Dona Alice, que nasceu em 1906, contou que “Na rua Conselheiro Nébias (em São Paulo) era uma maravilha porque a gente brincava de amarelinha, pegador, lenço-atrás, podia atravessar a rua correndo, ficava à vontade. De noite podia ficar até as oito brincando ali na calçada (...)".
Nossa!!! Quanto tempo tem essas brincadeiras que a gente conhece...! Em 1506, o pintor Peter Bruegel (que nasceu lá na Bélgica, na Europa), fez um quadro onde ele colecionou brincadeiras....Vocês conseguem reconhecer, algumas delas?
Pieter Bruegel, Jogos Infantis (1560) (Les jeux d´enfants) Fonte: MASCHERONI 1993, s/p. apud SOARES, 1998, p.10
Vocês viram que há algumas brincadeiras que a gente conhece até hoje, não é? Isso é muito importante pois fazem parte da cultura da infância. A cultura é dinâmica, viva, pois cada vez que um grupo aprende a brincadeira, ela reinventa... E fica nova para quem está vivendo.
Essa pintura é de Cândido Portinari, um pintor que nasceu numa cidadezinha do interior de São Paulo, Brodowsky, e ele também colecionou brincadeiras nesse quadro.
“Brincadeiras” pintura de Cândido Portinari
Há uma pesquisadora, Renata Meirelles, que junto com uma equipe, montou um mapa do brincar. É uma ótima dica para pesquisar brincadeiras novas ou para saber de onde elas vem.
Clique na figura acima para abrir o mapa!
E agora, bora brincar?
Escolha 3 brincadeiras que tem nos dois quadros acima e brinque a valer!
Agora vou indicar algumas brincadeiras que dizem que surgiu aqui no SUDESTE: Dom Frederico, Laranjas Maduras, Barra-Manteiga, Briga de Galo e Amarelinha em Caracol.
Olha este vídeo super legal sobre essas brincadeiras! Acho que todo mundo conhece, vamos lá?
Agora, você vai desenhar, como uma coleção, as brincadeiras que você mais gosta de brincar. Mande o seu desenho pra gente que postaremos no blog!!!!
Proposta 2: Parlenda do Dom Frederico
Vocês sabem o que é uma Parlenda? Se não sabem, vou lhes explicar:
Parlendas são poesias musicadas para crianças ou rimas infantis usadas em brincadeiras ou nos exercícios de memorização. Algumas parlendas fazem parte da tradição folclórica brasileira, sempre colocando em destaque a cultura e o momento histórica de alguma região do nosso país.
Nas aulas de Educação física sempre aprendemos alguma, você seria capaz de lembrar e nos contar e cantar alguma? Para facilitar e exemplificar, escolhi uma parlenda da região Sudeste: Dom Frederico (que também foi citada na nossa proposta 1). Experimente fazer com alguém da sua família.
Veja este outro vídeo com a brincadeira:
Em dupla, as crianças batem palmas, cantam e fazem os gestos como indicado ao lado dos versos da música.
O movimento básico da brincadeira, isto é, o repetido durante a música inteira, é o de bater uma mão em cima e a outra embaixo e na sequência bater as duas mãos para frente. Esse gesto é intercalado com outros específicos, que representam cada verso da canção.
Letra da música:
Dom-Fre-de-ri-co
Dom Frederico perdeu o juízo (fazem os gestos com os dois dedos indicadores na cabeça, em sinal de "maluco")
Pode casar com a costureira (fazem os gestos de estar costurando do lado da cintura)
A costureira perdeu o dedão (colocam a mão no dedão)
Pode casar com o capitão
O capitão perdeu a espada (colocam a mão embaixo do cotovelo e mexe o cotovelo)
Pode casar com a bela amada (passam a mão no corpo)
A bela amada perdeu os brincos (colocam as mãos nas orelhas)
Pode casar
Com Dom Fre-de-ri-co (seguram as mãos e as cruzam cinco vezes)
Dom Frederico disse que não (fazem um gesto com os dois dedos indicadores sinalizando 'não')
A bela amada caiu no chão (passam a mão no corpo e inclinam para o lado)
Dom Frederico disse que sim (fazem um gesto dando 'joia')
A bela amada sorriu assim (colocam as mãos embaixo do rosto e sorriem)
Registre você brincando de Dom Frederico e mande pra gente!
Proposta 3: Poesia concreta
Temos no Sudeste uma grande variedade de culturas, de paisagens, de comidas, de jeitos de falar…! Assim como o Brasil, é um TODO formado por uma porção de PEDACINHOS de várias coisas. Nesta região temos algumas das maiores cidades do Brasil: Belo Horizonte (em Minas Gerais), Rio de Janeiro (no estado do Rio de Janeiro) e a maior delas: São Paulo, nossa capital!
Nossa cidade é urbana, ou seja, tem muitas coisas que foram construídas pelos seres humanos: ruas, avenidas, prédios, postes, pontes, viadutos, shoppings. Quando pensamos em São Paulo e nessas grandes cidades, pensamos em coisas CONCRETAS, que são duras e sem vida, não é? Alguns chamam nossa cidade de cinza, mas quando estamos observando ela com atenção, vemos que aqui tem sim muitas cores! Temos aqui muita arte e espaços que juntam artistas de várias partes do mundo.
Vamos fazer nossa atividade pensando nessa arte e inspirados em todos os pedacinhos do Sudeste. Você sabe o que é poesia, não é? (Falamos também de poesia na proposta 2!) E em POESIA CONCRETA, você já ouviu falar?
Uma poesia concreta é uma poesia onde a FORMA das palavras também faz parte do seu sentido, ou seja, além de ler e ouvir a poesia, precisamos VÊ-LA, como um objeto ou como nossa cidade.
Um grupo famoso de artistas que começou a desenvolver a poesia concreta em nosso país é de São Paulo: os irmãos Augusto de Campos e Haroldo de Campos e o amigo deles, Décio Pignatari. Olha esta poesia concreta que o Augusto fez em 1965:
Crie sua poesia concreta no estilo desta. Você vai escolher uma palavra ou várias palavras que serão os “tijolinhos” da sua construção. Com várias dessas palavras pequeninhas escreva uma palavra bem grande.
Aproveite e pense no que temos aqui no Sudeste. Você pode pensar em várias coisas diferentes que temos aqui (carros, nomes de praias, tipos de comidas, etc.) e formar a palavra SUDESTE. Ou pensar em várias coisas não tão bonitas ou feias mesmo (trânsito, avenida, shopping) mas que podem formar a palavra BELEZA. Ou pensar em coisas comuns do dia a dia que formem a palavra COLORIDO (que você pode, inclusive, fazer bem colorido). Explore as suas palavras e crie a poesia que quiser, essas foram só algumas sugestões.
Quero ver quem foi criativo e construtor! Mande a foto da sua poesia concreta pra gente!
Proposta 4: Cultura caiçara
Você já ouviu falar da cultura caiçara?
Sabia que na nossa região, o sudeste, existe muitos povos, sotaques e culturas diferentes? Uma delas é chamada de cultura caiçara. Ela se estende nas regiões sul e sudeste do Brasil, pelas praias. São pessoas que vivem e dependem do mar para sobreviver. Eles pescam muitos peixes, camarões e outros alimentos marinhos. Tem um jeito único de falar, um sotaque próximo do português antigo. As danças, as festas, o artesanato, a música e as artes no geral, têm influência desse ambiente marinho.
Entre os caiçaras é comum ouvir sempre o conselho e as histórias dos mais velhos. A senhora Dona Neide conta narrativas típicas do povo caiçara, junto com acontecimentos da sua própria vida. Ela mora em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Você já foi para alguma praia do litoral norte?
1- Veja esse vídeo animado do youtube, onde a Dona Neide conta uma das suas histórias! https://www.youtube.com/watch?v=EkYtCHsH4m4&feature=youtu.be
2- Anote as palavras desconhecidas que você ouvir! Elas são comuns dessa região de São Paulo. E tente adivinhar o que elas querem dizer.
3- Procure seus avós, ou o parente mais velho da família. Pergunte se ele tem alguma história para contar. Anote no caderno ou grave no celular o áudio dessa história! Depois faça algumas ilustrações dela, igual os desenhos dos vídeos da Dona Neide!
Ilustração de Isabel Galvanese para o vídeo “Ibama“. Projeto Treboada.
Divirtam-se e fiquem bem!!
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